O "sniper americano" (Bradley Cooper) chamava-se Chris Kyle, um lendário soldado americano , na guerra do Iraque , que entre 1999 e 2009 provocou o maior número de baixas no exército antangonista ( dado histórico)
O real C Kyle foi assassinado por outro veterano de guerra, já em solo pátrio, depois de regressado da sua 4ª missão no Iraque.
O julgamento do homicida prossegue, ainda hoje , na terra que foi de ambos.
Será que Clint Eastwood , CE, quis celebrar o clássico herói americano ?
Não: nem o herói , nem o anti-herói , figura que podia estar " em jogo". Nada disso.
O que celebra , de forma subtil, é o facto de as guerras nunca acabarem, mesmo depois de chegarem ao seu "fim" oficial.
Já depois do regresso, Kyle ( atenção que Cooper está muito acima do peso para a personagem) passa a conviver com a sua mulher, como "caçador versus caçado" mesmo a nível afetivo e até sexual ( a arma de guerra é uma ferramenta que, de forma" brincalhona"usa para simular o seu papel de "caçador e macho" , a cabine de duche é usada como gruta- esconderijo no deserto, etc, etc)
É , exatamente neste ambiente conjugal que o ambiente bélico prossegue , curiosamente sem qualquer belicismo.
Aqui CE mostra a sua mestria.
Kyle , no final é assassinado por outro veterano em stress de guerra, como ele próprio,aliás.
Não há uma 1ª guerra ou 2ª guerra , as guerras perpetuam-se , mesmo na "paz".
Esta lição serve à Europa , serve à Ucrânia : as guerras nunca chegam ao fim, acautelem-se Senhores.