A teoria de Tudo
Trata-se de um filme romântico (será?) que nos traz a história de amor vivida entre Stephen Hawking, abreviadamente, SH e Jane a quem o livro " Breve Historia do Tempo " é dedicado
SH é reconhecido internacionalmente como um dos génios do século xx.
Vítima de uma doença gravíssima que o deixou paralítico, sendo a sua voz só audível porque sintetizada por computador, SH sobrevive , cheio de luz, até ao casamento!
Escreveu , em nota de agradecimentos, ao seu livro "Breve História do Tempo, Do Big Bang aos Buracos Negros" "edição Gradiva, 1988, "Resolvi tentar escrever um livro popular sobre o espaço-tempo depois de ter proferido, em 1982 as conferências de Loeb, em Harvard"
O livro é acessível, é divulgação cientifica feita pelo próprio cientista, SH, pelo que o esforço foi bem sucedido.Infelizmente está esgotado há muitos anos e nem agora a Gradiva se comove para nova edição.
Quem julgar que vai perceber o tema, no primeiro terço do filme , não se engane .
A preocupação do realizador é mais centrada em tudo o que se não ligue à compreensão do tema.
Com efeito, a primeira parte do filme é a história de amor em si,que está em foco, é o desespero dele, provocado pelo diagnóstico da doença gravíssima de que padece, de acordo com o guião escrito pela própria Jane.
Ela é muito voluntariosa, e atira-se para um casamento de onde acaba por sair, por via de outro amor , o que nem é invulgar.
O romantismo depressa entra em crise no casamento, mas SH não será um homem só, pois a sua genialidade e alegria são uma torrente de afecto pelo mundo, pelos homens e mulheres e pelo extra-mundo, o tal dos buracos negros.
Mas trás o filme algo de novo, a não ser sabermos que tão trágica história, refiro-me à doença, aconteceu e acontece, ao génio SH ?
A miséria daquele destino versus a Grandiosidade do homem, daquele homem, em concreto.
É neste contraste que joga a moralidade do filme, por outras palavras : aos olhos de Deus somos todos iguais , no balanço dos tempos !
Mas substancialmente , nada trás de novo, como história de amor não faz carreira!
Tal como " O jogo da imitação" é uma narrativa histórica, fechada , em que o espectador permanece gelado na sua cadeira, talvez com a consciência de que , na miséria somos todos iguais .
Está tudo muito longe do homem comum.
Nada se criou, nada se transformou , apenas se plagiou uma já trágica realidade.
Ficamos à espera da Arte , a 7ª !
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