domingo, 15 de fevereiro de 2015

" O sniper americano"

O "sniper americano" (Bradley Cooper) chamava-se Chris Kyle,   um lendário soldado americano , na guerra do Iraque , que  entre 1999 e 2009  provocou o maior número de baixas  no exército antangonista ( dado histórico)

O  real  C Kyle  foi assassinado por outro veterano de guerra, já em solo pátrio, depois de regressado da sua 4ª missão no Iraque.

 O julgamento do homicida prossegue, ainda  hoje , na terra que foi de ambos.

Será que Clint Eastwood , CE,  quis  celebrar o clássico  herói americano ?

Não: nem  o herói , nem o anti-herói , figura  que podia  estar  " em jogo". Nada disso.

O que  celebra , de forma subtil, é o facto  de as guerras nunca acabarem, mesmo depois de chegarem ao  seu "fim" oficial.

Já depois do regresso,  Kyle ( atenção que Cooper está  muito acima do peso para a personagem) passa a conviver  com a sua mulher, como "caçador versus caçado"  mesmo a nível afetivo e até sexual ( a arma de guerra é uma ferramenta que, de forma" brincalhona"usa para simular o seu papel de "caçador e macho" , a cabine de duche é usada como gruta- esconderijo no deserto, etc, etc)

É , exatamente neste ambiente conjugal que o ambiente bélico prossegue , curiosamente sem qualquer belicismo.

 Aqui CE  mostra a sua mestria.

Kyle  , no final é assassinado por outro veterano em stress de guerra, como ele próprio,aliás.

Não há uma 1ª guerra ou 2ª guerra , as guerras perpetuam-se , mesmo na "paz".

Esta lição  serve à Europa , serve à Ucrânia : as guerras nunca chegam ao fim, acautelem-se Senhores.


Sem comentários:

Enviar um comentário