sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A queda de Wall Street (WS)






O mote:

" quando os gatos miam"

cai WS ,

e alguns, muito poucos,

ganham muito dinheiro,

à nossa conta .

1-Este é o mote para o argumento de Charles Randolph e de Adam Mckay.

A ideia do filme será:

- denunciar o carácter fraudulento do sistema bancário, nacional (s) e internacional, agências de rating incluídas.

- provar a fatalidade da existência destas entidades, bancos e agências de rating, no sistema capitalista, sistema que só não vai ralo abaixo com WS,

porque cá estão os povos, os inocentes, os contribuintes, a pagar... as dívidas internacionais. ...conhecemos a história.

2-Wall Street cai , em 2008, mas não o sistema que a gerou e a vai regenerando, todos os dias,com o tal "do capitalismo" a ajudar, de que a agências de rating são os anjos da guarda

Muitas tropelias acontecem, no filme, para tudo acabar mal , sempre da mesma forma, a saber:

um resgate, os contribuintes que paguem aos resgatantes , os pensionistas que o façam e os empregados que virem desempregados, pois que os bancos arrastam tudo e todos na mesma queda, acabou-se esta edição do Carnaval, para o ano há mais.

3-Claro que há meia dúzia que enchem os bolsos com a crise - esta é a de 2008 , as suas ondas ainda se sentem!!!


Os "vencedores" os sobreviventes, os da " grande aposta" não seguem o rating


São, afinal, os que fazem o bom diagnóstico são os que perceberam que o "monumento" WS, ia cair.... todos estavam a apostar no cavalo errado, segundo o rating, em vigor , eh, eh grandes parvos...


Os espertos foram os que olharam para o rés-do-chão, ou cave, do edifício de WS e perceberam que os bancos ao concederem empréstimos de longo prazo a compradores de casas, não faziam a análise de risco,


pelo que muitos, mas muitos, mesmo, já não pagavam os seus empréstimos.... ( Christian Bale , o grande esperto, o grande apostador, o médico, detectou os incumprimentos, de forma solitária mas obstinada)


Os incumpridores foram, eram, digamos, os "gatos" escondidos no edifício de WS, na cave, que tinham começado "a miar " mas só meia dúzia ouviu!!! .


4-Tijolos a cair , gente aos berros... toda a WS se transformou numa enorme barulheira, o que está bem retratado no filme.

Os créditos hipotecários que, naquela modalidade de grande risco, eram recolhidos pelos bancos, eram produtos carregados de grande incerteza quanto ao cumprimento da obrigação garantida.

Estes maus produtos eram os escolhidos pelos investidores (as agências de rating também se enganam (?) é a mensagem final)

Trocar as verdadeiras incertezas (os "gatos" do sistema) por falsas certezas ( as "lebres" do dito, produtos confortáveis, onde todos tinham vontade de apostar, mas tóxicos ) era e é, a alma do negócio de Wall Street, quiça a alma de todos os negócios

(sigam o enredo da formação desta vontade em Daniel Kaneman"Pensar depressa e devagar")

5-"o que parece é" é o axioma de WS, dos investidores comuns e histéricos, não de Bale, o grande esperto!

Neste capitalismo de " ou matas ou morres" não há bons nem maus , há "vivos" e "mortos"

Comprova-se a verdade do velho aforismo:

"se aqui há gato...." então "... trancas à porta" vota contra, aposta contra....

Espero que o filme fique fora dos Óscares mas entre no ensino regular da economia.
































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